Por: http://www.portaleducacao.com.br/farmacia
Assim como foi desenvolvido um Viagra aos homens, o órgão regulador de medicamentos nos EUA analisa o medicamento que promete ter efeitos comparáveis aos das pílulas contra disfunção erétil. A droga, chamada Flibanserin, na verdade, é um antidepressivo que não deu certo. A substância age nos neurotransmissores dopamina, noradrenalina e serotonina. Durante os primeiros ensaios clínicos, foi detectado um efeito colateral “positivo” para a melhora na libido.
De acordo com especialistas, a maioria das mulheres esconde a falta de desejo sexual, “se algum medicamento para disfunção sexual feminina chegar ao mercado, as mulheres finalmente poderão fazer frente aos homens no que se refere à possibilidade de tratamento”, estima a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex), ligado à USP (Universidade de São Paulo).
E esses números já foram contabilizados. Um recente “Estudo da Vida Sexual do Brasileiro”, coordenado por Abdo, indica que metade das mulheres apresenta alguma dificuldade sexual de forma persistente. O problema mais comum é a dificuldade de excitação (26,6%). Em seguida aparece a dificuldade de atingir o orgasmo (26,2%), a dor durante a relação sexual (17,8%) e o desejo sexual diminuído (9,5%). No entanto, apenas 5,4% dessas mulheres tentaram tratar o problema.
Para a tutora do Portal Educação, farmacêutica Carolina Marlien, o desenvolvimento de um medicamento que auxilie as mulheres em sua vida sexual, assim como existe o Viagra para disfunção masculina, representa um avanço para a terapia feminina, já que cerca da metade dessa população relata algum problema, principalmente no que tange à falta da libido. “A aprovação do remédio ajudará a mulher a reconhecer a disfunção e ao mesmo tempo será um alívio saber que há tratamento disponível e eficaz para seu problema”, salienta Marlien.
Segundo Sonia Dainesi, diretora médica da filial brasileira, o mecanismo de ação do medicamento é diferente do Viagra masculino e não pode ser comparado, já que esse só funciona para os homens com desejo sexual em dia. O Flibanserin procura atuar exatamente nesse estágio, anterior à excitação.
Agora o desafio dos especialistas é discutir a segurança e a eficácia do medicamento feminino. A conclusão, que será feita em reunião ainda esse mês, não é determinante para aprovação ou veto ao produto, mas exerce bastante influência.
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